Grande Loja Maçônica de Pernambuco
A Grande Loja de Pernambuco foi fundada no dia 06 de outubro de 1932, por iniciativa de um grupo de maçons pernambucanos, membros das Lojas Maçônicas Fraternidade Palmarense, Cavaleiros da Luz e Luzeiro da Verdade, com a denominação de GRANDE LOJA DE MAÇONS ANTIGOS LIVRES E ACEITOS, recebendo Carta Constitutiva da Grande Loja do Estado da Paraíba.
O idealizador desse movimento foi o irmão Zenóbio da Cunha Mello, Venerável Mestre da Loja Fraternidade Palmarense n° 4 (da Grande Loja da Paraíba), que conseguiu a adesão das Lojas Cavaleiros da Luz n° 9 e Luzeiro da Verdade nº 8 (também da Grande Loja da Paraíba), as quais se desligaram dessa Grande Loja em 05 de outubro de 1932 para constituir a Grande Loja de Pernambuco.
Há indícios de que a Loja Cavaleiros da Cruz n° 267 (do gob) pretendeu, também, ser fundadora desse novo Corpo Maçônico, havendo contatos nesse sentido, o que culminou com a cassação da sua Carta Constitutiva pelo Grande Oriente do Brasil, em 12 de maio de 1932, todavia, por razões desconhecidas, não se integrou ao grupo fundador da Grande Loja de Pernambuco.
Este fato histórico memorável ocorreu em 06 de outubro de 1932, quando se reuniram no Oriente de Recife, no Templo da Loja Cavaleiros da Luz, situado à rua do Imperador, 406 - 2° andar, no bairro de Santo António, os Mestres Maçons: Mário Rego Carneiro de Melo (Delegado do Grão Mestre da Grade Loja da Paraíba), Zenóbio da Cunha Mello (Venerável Mestre da Loja Fraternidade Palmarense), Luiz de Medeiros Benevides (Primeiro Vigilante no exercício do cargo de Venerável Mestre da Loja Cavaleiros da Luz), Epifânio José Bezerra (Venerável Mestre de Honra da Loja Luzeiro da Verdade), João de Oliveira Júnior (Venerável Mestre da Loja Luzeiro da Verdade), José Ferreira Chaves (Loja Cavaleiros da Luz), Antônio Manuel de Miranda (Primeiro Vigilante da Loja Fraternidade Palmarense), Joaquim do Nascimento Pimentel (Segundo Vigilante da Loja Luzeiro da Verdade), Donivaldy Ferreira da Silva (Primeiro Vigilante da Loja Luzeiro da Verdade), Maximiano Antônio de Aragão (Segundo Vigilante da Loja Fraternidade Palmarense), Eugênio de Mendonça Paes Barreto, Antônio Gonçalves de Luna, José Severino de Lyra, Luiz Emygdio Gonçalves de Luna, Joaquim Guilherme de Pontes, Emygdio Pereira Gonzaga, Moisés Cícero do Rego Gomes, José C. Ferreira Chaves, Hermes Pessoa Gomes, José Cavalcanti de Carvalho, Oscar de Andrade, Olavo de Alencar Pimentel, Ophelan Glasner, João José Gomes de Souza, Antônio Teixeira de Farias, Moisés Bogater, Orlando Feijó de Mello, Ranulpho Ignácio da Silva, Henrique de Freitas, Faustino Bezerra Cardoso, Agripino Macedo de Queiroz, Benoni Pereira, Esmerino José Pereira de Mendonça, Leão Ghelfond, Arthur Marinho Wanderley, José Ireno de Gouveia, Apolinário Ferreira de Azevedo e Severino Lopes Guimarães, entre outros.
Nessa oportunidade, foram eleitos por aclamação, para dirigir a nova potência:
Grão Mestre: Eugênio de Mendonça Paes Barreto;
Grão Mestre de Honra: Mário Melo;
Grão Mestre Adjunto: Mário Carneiro do Rego Melo;
1° Grande Vigilante: João de Oliveira Júnior;
2° Grande Vigilante: Zenóbio da Cunha Melo;
Grande Orador: Epifânio José Bezerra;
Grande Secretário: Luiz de Medeiros Benevides;
Grande Tesoureiro: José C. Ferreira Chaves;
Grande Chanceler: Donivaldy Ferreira da Silva;
Grande Hospitaleiro: Ranulpho Ignácio da Silva;
Grande 1° Diácono: Faustino Bezerra Cardoso;
Grande 2° Diácono: Olavo de Alencar Pimentel;
Grande Mestre de Cerimônias: Joaquim do Nascimento Pimentel;
Grande Mestre de Cerimônias Adjunto: José Severino de Lyra;
Grande Mestre Arquiteto: Moysés Cícero do Rego Gomes;
Grande Porta Espada: Antônio Gonçalves de Luna;
Grande Porta Estandarte: Apolinário Ferreira de Azevedo;
Grande Cobridor Interno: Severino Lopes Guimarães;
Grande de Cobridor Externo: Oscar de Andrade;
Grande Secretário Adjunto: João Caminha da Silva;
Grande Orador Adjunto: Joaquim Guilherme de Pontes;
Grande Tesoureiro Adjunto: Esmerino Pereira de Mendonça;
Grande Hospitaleiro Adjunto: Ophelan Glasner.
Fundada a novel Potência, solicitaram da Grande Loja da Paraíba a sua Carta Constitutiva, a qual veio a ser concedida em 27 de novembro de1932, assinada pelos irmãos: Dr. João Arlindo Corrêa, Grão Mestre; Hermenegil do de Lascio, Grande Orador; Dr. João Tavares de M. Cavalcanti, Grande Secretário; Maurício de Medeiros Furtado,Grande Chanceler e Augusto Simões, Grão Mestre de Honra.
Inicialmente, adotou, como sua Carta Magna, a Constituição da Grande Loja da Paraíba, de 07 de junho de 1930,vindo a promulgar a sua primeira Constituição no dia 1º de junho de 1933,que teve vigência até o Estado Novo, quando o ditador Vargas, à de semelhança da Espanha (Francisco Franco), da Alemanha (Adolf Hitler), da Itália (Benito Mussolini), resolveu reprimir a Maçonaria e, aqui no Estado, suas ordens foram bem cumpridas pelo então interventor Agamenon Magalhães, o qual fez fechar todas as Oficinas Maçônicas do Estado e jogou seus livros, instrumentos e materiais, na estrebaria da polícia, somente tendo as suas atividades reiniciadas em novembro de 1947.
Embora oficialmente suspensas as atividades regulares da Maçonaria, durante o período do Estado Novo até junho de 1945, encontramos registro de atividades Maçônicas antes da queda de Vargas (Fraternidade Palmarense n° 1).
O ano de 1946 marcou o reinício das atividades da Maçonaria no Estado, havendo, em junho, a eleição do Grão Mestre da Grande Loja de Pernambuco, irmão Roberto Le Coq de Oliveira, que administrou a Potência no biênio 1946/48, dando ênfase ao movimento de unificação da Ordem no Estado, o que esteve a poucos passos de ocorrer, inclusive com a autorização das respectivas Potências (Jayme de Oliveira, Delegado do GOB em Pernambuco, de um lado e Eugênio Paes Barreto, o Grão Mestre "ad vitam", do outro).
Outras Constituições seguiram-se àquela original: de 21 de dezembro de 1948 (Diário Oficial do Estado de Pernambuco de 19.01.1949); de 05 de dezembro de 1952; de 17 de maio de 1957; de 12 de junho de 1961, de 07 de abril de 67, com suas emendas 01 a 06 (Diário Oficial do Estado de 01.06.1991) e a atual de 19 de junho de 2002.
A Grande Loja de Pernambuco teve como dirigentes os seguintes Grãos Mestres:
1932/1946 - EUGÊNIO DE MENDONÇA PAES BARRETO;
1946/1948 - ROBERTO LE COQ DE OLIVEIRA;
1948/1954 - LUIZ MEDEIROS E BENEVIDES;
1954/1961 - SALVADOR PEREIRA D'ARAÚJO MOSCOSO;
1961/1965 - MANOEL PESSOA DE LUNA;
1965/1969 - JOÃO DE MOURA ROCHA;
1969/1975 - ANTÔNIO ALEXANDRINO PALMEIRA;
1975/1978 - MARIANO CRAVO TEIXEIRA;
1978/1984 - ELIAS JORGE HAZIN;
1984/1994 - MANUEL ALVES DA ROCHA;
1994/1999 - JOSÉ CAVALCANTI MELO;
Abr-Ago/2000 - LISÍMACO RIBEIRO VILA NOVA;
Set/2000 - FRANCISCO "BONATO" PEREIRA DA SILVA;
Out/2000 - 2003 - DIMAS JOSÉ DE CARVALHO;
2004-2009 – MILTON GOUVEIA DA SILVA FILHO;
2010/Atual – DIMAS JOSÉ DE CARVALHO.